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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Grupo F: Itália-Paraguai, 1-1 (crónica)




Jogou Cardozo, marcou Alcaraz, empatou a Itália, campeã do Mundo. Meia-surpresa na Cidade do Cabo, onde os defensores do título encontraram uma tormenta paraguaia. A «Bella Italia» de 2006 não teve continuação na África do Sul, enquanto os sul-americanos conseguem, pela primeira vez na história, não perder com a «squadra azzura».

Em dois confrontos anteriores, um no Mundial de 1950, outro num particular em 1998, o Paraguai perdera; talvez por isso tenha assumido o favoritismo italiano. Assim, organizou-se bem, tapou espaços e numa brecha infligiu um golpe. A estratégia só não foi perfeita porque o capitão Villar teve um erro fatal.

Ser ex-Beira Mar é subir mais alto

A Itália começou a defesa do título da forma mais óbvia frente ao Paraguai. Ser campeão do Mundo traz exigências e, por isso, os transalpinos quiseram tomar a iniciativa. Pressionaram nos momentos iniciais, tentaram explorar os flancos, mas bateram sempre numa parede.

Os italianos não só «falavam» melhor no ataque, como «calavam» o ataque paraguaio, com uma pressão enorme a meio-campo. Só que os sul-americanos foram soltando amarras e, aos poucos, equilibraram um jogo de oportunidades raras.

Com o jogo de italianos e paraguaios nivelado, era fácil de adivinhar que as equipas tentavam o golo de bola parada. Foi assim que os sul-americanos lá chegaram; seria assim que a Itália iria empatar, lá mais à frente. Mas primeiro o 1-0. Livre de Torres e Alcaraz a subir para o golo. O ex-central do Beira Mar saltou entre Cannavaro e De Rossi e bateu Buffon. Aos 39 minutos, o Paraguai surpreendia o mundo do futebol.

Sem Pirlo, sem Buffon

A Itália saía para o descanso com uma enorme dor de cabeça. O Paraguai parecia sólido e estava na frente. Voltou com uma enxaqueca tremenda: Buffon é indiscutível na baliza, mas cedeu lugar a Marchetti, num aparente problema físico.

Foi a segunda substituição de Lippi que mudou o encontro, no entanto. Sobretudo, mudou a Itália, que passou a jogar com dois avançados e Camoranesi e Pepe nas alas. O jogo abriu um pouco, mas continuou sem grandes ocasiões.

Por isso, quando a Itália conquistou um canto, sabia-se que essa podia ser uma possibilidade para o empate. Pepe meteu na área, Justo Villar falhou a saída e De Rossi encostou para o 1-1. A igualdade espelhava bem o encontro, mesmo que os treinadores dessem sinais de ataque. Mas ligeiros, com Santa Cruz e Óscar Cardozo a substituírem a dupla inicial: Valdez e Barrios.

Entre mais alguns lances junto às balizas, sem grande importância, e alguns remates que os guarda-redes seguraram, Itália e Paraguai somaram um ponto. Talvez os sul-americanos o tivessem em mente antes da partida; talvez os italianos fiquem satisfeitos depois de estarem em desvantagem. Mas é pouco para o campeão do mundo, que entra em falso na prova africana.

Fonte:http://www.maisfutebol.iol.pt

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